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A vida do professor Alessandro Aguiar não foi a mesma desde que seus ouvidos passaram pelo primeiro show de koto, aos 15 anos. Em entrevista à Rádio Antena MEC no dia 09 de setembro, o professor de oceanografia da UERJ Alessandro Aguiar contou sobre sua trajetória musical e suas atividades para este ano, incluindo o início do curso de koto do ICBJ, com seu início previsto para outubro deste ano.

Origens milenares

“Harpa japonesa”, como está sendo chamada para melhor familiarizar o público, o koto se aproxima mais da cítara e é um dos instrumentos mais antigos da história japonesa. Suas origens datam do século 8, no auge do maior avivamento cultural fundador das raízes japonesas, a Era Heian. É possível encontrar variantes do koto em outras partes da Ásia, como o zheng, na China e o kayagum, na Coreia.

Como tudo que conhecemos e consideramos ser a cultura tradicional japonesa, foi na Era Edo onde o koto firmou-se por escolas de aprendizado pelo país. Na virado do século 19 para o 20, o koto foi revolucionado pela música de Michio Miyagi e seu koto de 17 cordas. O mesmo Michio Miyagi que dá nome à filial brasileira da associação internacional Koto Miyagui, onde o professor Alessandro Aguiar é membro participante.

O koto em 2024

O ano de 2024 foi recheado de apresentações musicais para o professor Aguiar e o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) irá recebê-lo na programação do 19º Rio Harp Festival com a seção Tambores do Japão. O concerto, de entrada franca, apresentará ao público presente a harmonia do koto com o taiko, os tambores japoneses que há muito figuram os matsuri e demais festivais dedicados à cultura japonesa.

Por último, ressaltamos a beleza e a elegância com a qual o professor Alessandro Aguiar conecta sua paixão musical com o seu ofício de oceanógrafo. Em entrevista para a Direto ao Ponto, órgão jornalístico da UERJ, artista e pesquisador permanecem unos, para quem o koto e os oceanos estão simbolizados na figura e na forma do dragão. Dragões que são uma marca das águas japonesas desde Ryuuguu-jo, o templo submerso de Ryuujin na famosa lenda de Urashima Taro.

O ICBJ convida a todos os interessados a prestigiar o professor Alessandro Aguiar e, eventualmente, apreciar suas aulas no curso a ser disponibilizado pelo Instituto.

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