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Apesar de não ser uma forma direta de aprender japonês, assistir a animê pode ajudar bastante no aprendizado da língua japonesa.

Vocês já assistiram ao desenho “A Viagem de Chihiro” em japonês 「千と千尋の神隠し」(lê-se “Sen to Chihiro no Kamikakushi”)?

Se você reparar no nome original do desenho, vai perceber o uso repetido do ideograma “ 千 ”. Na primeira vez em que ele aparece, a leitura é “SEN”, já na segunda, a leitura do mesmo ideograma é “CHI”, que vai formar o nome da protagonista, Chihiro. E isso faz parte da história que o autor queria contar.

Avançando no ponto da história onde a protagonista vai assinar o contrato de trabalho com a Yubaba, Chihiro Ogino ( 荻野千尋 ) precisa assinar o seu nome no contrato.

Depois que toma o contrato de volta, a dona da casa de banho passa a mão sobre o nome da menina e é possível ver os ideogramas “ 荻野” e “尋 ” sendo removidos do papel. A partir daquele momento, Chihiro passa a se chamar “Sen”, pois foi o único ideograma que ficou no contrato. E é assim que Yubaba controla as pessoas que trabalham para ela, como o personagem Haku explica para Chihiro logo depois.

E com isso, você vai aprendendo as diferentes leituras que um Kanji pode ter. No caso do 千 sozinho pode ser lido como “SEN” (leitura “on’yomi”) e quando acompanhado de outro kanji, é lido como “CHI” (leitura “kun’yomi”). O que se torna completamente atrelado à história do anime dos Studios Ghibli.

EXTRA: Se repararmos na forma como Chihiro escreve seu próprio nome no contrato, podemos perceber que ela escreveu o primeiro ideograma do seu sobrenome com uma parte errada. Seu sobrenome é “ 荻野” (Ogino) e o ideograma em questão é “ 荻”, mas Chihiro acaba escrevendo errado a última parte.

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Autora: Viviane dos Santos (@vivianesensei), professora de japonês do ICBJ

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