O professor de História & Cultura Japonesa do ICBJ, Douglas Almeida, nos conta um pouco sobre a participação do ICBJ no XII Congresso Internacional de Estudos Japoneses no Brasil (CIEJB).
Os estudos japoneses têm abarcado cada vez mais áreas do conhecimento dentro das universidades. Prova disso é que, a cada dois anos, a Associação Brasileira de Estudos Japoneses (ABEJ) organiza o Congresso Internacional de Estudos Japoneses no Brasil (CIEJB), um grande evento para discussões e debates, que reúne especialistas das mais diversas universidades, tanto brasileiras quanto internacionais.
Este ano, entre os dias 28 e 30 de agosto, a décima segunda edição desse congresso foi realizada durante o XXV Encontro Nacional de Professores Universitários de Língua, Literatura e Cultura Japonesa (ENPULLCJ) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), São Paulo, Brasil. Sob a temática “Estudos Japoneses – singularidades e novos rumos”, o evento contou com conferências, mesas-redondas, painéis, simpósios e apresentações de trabalhos acadêmico-científicos.
Pesquisadores ligados ao Instituto Cultural Brasil-Japão também participaram do evento:
Douglas Magalhães Almeida, pesquisador pela Universidade Federal Flumunense (UFF) e professor de História & Cultura Japonesa do ICBJ, que apresentou duas pesquisas: “Katanas em Debate: a visão sobre o combatente samurai através do viés histórico-cinematográfico” e “Dragões Devoradores de Espadas: o fenômeno cultural da guerra através da literatura feudal”;
Mateus Martins do Nascimento, historiador da UFF, associado ao ICBJ, participante do Tempo Literário ICBJ, com “Estudos sobre Kojiki: a importância do shintoísmo na construção da mentalidade hierofânica japonesa” e “O filme como linguagem e testemunho: o caso da trilogia Samurai X (2012-2014)”;
Luiza Rebouças Vieira, que pesquisa sobre moda japonesa e leciona Estudos da Indumentária Japonesa no ICBJ, com “O Japão e a Moda Ocidental: influências da cultura e estática japonesa no vestuário ocidental”.
Além deles, participou também o poeta haikaísta Peddro Paulo Ribeiro dos Santos, aprendiz de shodo (caligrafia japonesa) pelo Instituto e também participante do Tempo Literário ICBJ.
O evento, que celebrou ainda os 110 anos da imigração japonesa no Brasil, contou ainda com nomes renomados dos estudos japoneses, como Neide Hissae Nagai (USP), tradutora de diversas obras japonesas como País das Neves, de Yasunari Kawabata, Shirlei Lica Hashimoto (USP) e Rita Kohl (USP), tradutoras de diversas obras de Haruki Murakami, Silvio Yoshiro Mizuguchi Miyazaki (USP), professor de história econômica e escritor da obra As Origens do Investimento Japonês na Ásia, Alexandre Ratsuo Uehara (FRB), presidente da ABEJ e especialista em imigração que coordena grupo de pesquisas no Bunkyo de São Paulo, a Prof.ª Célia Sakurai (Unicamp), historiadora que já foi curadora do museu de imigração no Bunkyo de São Paulo, também especialista na vinda dos japoneses para o Brasil”.
O Congresso proporcionou muitas trocas de ideias, novos pensares na abordagem desses estudos, além da construção de contatos e diálogos culturais muito frutíferos por toda a nação para os próximos anos do ICBJ. E o local do próximo será a UnB, em Brasília, sob organização da presidência da ABEJ, que estará em responsabilidade de Prof. Yukio Mukai, de onde novas pontes intelectuais virão a ser construídas através da pesquisa.
Douglas Almeida
Professor de História & Cultura Japonesa do ICBJ